Segundo publicação do jornal Diário do Povo desta segunda-feira (20/03), nos últimos dois anos morreram 27 policiais militares em serviço ou durante a folga, porque bandidos descobriram que eram PM.
Foram 13 mortos em 2015; 12 mortos em 2016 e outros dois mortos nos primeiros meses de 2017. Além dos mortos, teve os policiais que foram feridos e muitos deles ficaram inativos, com sequelas. Foram 5 feridos em 2015; 13 PMs feridos em 2016 e 5 em 2017.
O presidente da Associação dos Oficiais da PM-PI, coronel Carlos Pinho, disse que os policiais militares estão sendo caçados pelos bandidos para matar porque são policiais ou para tomar o armamento a fim de praticar crimes. Segundo o coronel Carlos Pinho, até 2009 Teresina estava dentre as cidades mais tranquilas e seguras do país. A partir de daí houve uma explosão da violência no Estado.
Entre 2015 e 2016 houve um componente a mais que foram as vitimizações dos policiais militares. "Em 2015 foram 13 mortos e cinco feridos. Um dos mortos fazia a segurança do filho do governador. Um outro, em Picos, levou dois tiros e morreu depois, debilitado". Há casos em que o policial estava de folga e foi morto, porque foi reconhecido como PM.
"É uma ação deliberada dos criminosos para intimidar quem enfrenta a criminalidade. Eles estão mais violentos e o alvo prioritário é o policial. Em 2016 foram 12 mortos e 13 feridos. Dois foram salvos por conta do colete à prova de balas", acrescentou o oficial.
Em 2017 já houve dois mortos e cinco feridos. Nesses casos, um morreu por que os criminosos descobriram que ele era PM. Ele estava de folga. E o outro foi para tomar a arma. O oficial da PM alegou que os policiais militares têm salários baixos e precisam se sujeitar a dupla jornada para complementar os vencimento.
Muitos deles atuam como segurança particular e estão mais sujeitos à ação de bandidos. "Se tivéssemos uma remuneração mais justa, não precisariam fazer extras e ficar mais vulneráveis", finalizou Carlos Pinho. Atualmente, a Polícia Militar do Piauí tem 5.974 homens no serviço ativo, mesmo os que não atuam diretamente no serviço de policiamento ostensivo. Mas a previsão legal era para que o efetivo da PM-PI tivesse 11.366 homens trabalhando.
Fonte: Jornal Diário do Povo / Edição: Tribuna de Parnaíba
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