Manifestação aconteceu na Ponte Estaiada, neste domingo (27). Eles afirmam que agressões físicas afetam comportamento do animal.
Ativistas protestam contra PEC que quer tornar vaquejada patrimônio cultural (Foto: Beto Marques/G1)
Assim como em outras cidades do país, dezenas de ativistas da causa de proteção aos animais, se reuniram em Teresina no final da tarde deste domingo (27), na Ponte Estaiada, Zona Leste da capital. Eles são contráriosum à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 50, que pretende afrontar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e legalizar a vaquejada em todo o país.
Através do movimento “Crueldade Nunca Mais” os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Raul Lopes e levaram apresentações culturais no objetivo de alertar a sociedade para a causa.
No Piauí, no dia 10 de novembro deste ano, a Assembleia Legislativa aprovou em duas votações uma lei que regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural. Foi acrescentada uma emenda que deixa o evento sob responsabilidades da Agência Estadual de Desenvolvimento Agropecuário do Piauí (Adapi), Conselho Regional de Medicina Veterinária e Associação de Vaqueiros Amadores do Piauí.
O projeto de lei é de autoria do deputado João Mádison (PMDB) e estabelece as normas para a realização dos eventos; do bem-estar animal e a obrigatoriedade, durante todo o evento de equipe médica veterinária.
No entanto, os manifestantes que participaram de ato contra este tipo de lei alertam que os animais também sofrem prejuízos psicológicos e comportamentais gerados pelas agressões físicas.
“A ciência comprova que os animais têm sentimentos, pois sofrem todo tipo de agressão física e psicológica. Não podemos mais compactar com o que fazem com os animais. Ficamos completamente sem-teto, pois não há respeito pela constituição, o que é desfavorável para todos. Os políticos que fazem as leis deveriam estar atentos para isto”, disse a médica veterinária e responsável técnica da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa).
Os ativistas acreditam que a prática da vaquejada não integra a cultura nordestina e nem o esporte. Ainda segundo eles, é necessário alertar à sociedade para impedir que novas leis surjam e regulamentem a prática.
“Acompanhamos com bastante apreensão essa desobediência dos políticos brasileiros. O senado federal está desobedecendo a nossa constituição e ao STF. Estamos aqui para fazer valer os 80% dos brasileiros, que responderam ser contra a vaquejada em uma pesquisa feita pelo senado federal”, afirmou Zélia Soares, presidente da Federação das Associações das Ongs de Proteção Animal do Piauí (Faos).
Fonte: G1 / Edição: Tribuna de Parnaíba
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