Estado quebrado? W. Dias aumenta seu próprio salário, de R$ 17 mil para R$ 26 mil

Informação aparece com destaque no Estadão, de São Paulo, em matéria intitulada 13 estados aumentam salários do primeiro escalão do governo. Mesmo antes de assumir o governo, W. Dias branda aos quatro ventos que o Estado do Piauí está quebrado e inclusive chegou a decretar estado de emergência.

Edição: Tribuna de Parnaíba

O salário do governador Wellington Dias (PT), que era de R$ 17 mil, passa a ser de R$ 26 mil. Assim como o dele, os salários de todos que compõem o primeiro escalão do Governo do Estado ganharão mais. A vice-governadora Margarete Coelho (PP) passou de R$ 16,1 mil para R$23,4 e os secretários estaduais de R$ 12,8 mil para R$ 19,5 mil.

A informação aparece com destaque no Estadão, de São Paulo. Em matéria intitulada '13 estados aumentam salários do primeiro escalão do governo', o jornal mostra que mesmo pregando austeridade, governadores autorizaram reajustes para mais em seus salários. Ao todo, 13 dos 27 governadores autorizaram o aumento em seus salários. E Wellington Dias está entre eles.

Os aumentos foram aprovados pelas Assembleias Legislativas às vésperas do recesso parlamentar, no fim do ano passado. Isso fez com que houvesse pouca repercussão na ocasião. Os valores variaram bastante. Foram de 4,3%, caso do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo - o menor aumento -, até 100%, no caso do Rio Grande do Norte. No Piauí, o aumento foi de 53%. É a terceira maior variação. Vai ganhar mais que governador de estados bem maiores e mais desenvolvidos, como São Paulo.

E olha que Wellington tem dado declarações falando em corte de gastos e até na possibilidade de perder a imensa popularidade que tem. Em entrevista concedida ao jornalista Edjalma Borges, em Brasília (DF), no dia 3 de dezembro, Wellington Dias afirmou que o Piauí deveria retomar o desenvolvimento econômico e garantir serviços de qualidade a população do Estado. Na época, ele relatou que seu antecessor descuidou das contas e entregaria a máquina pública desmantelada. Ele comentava sobre as dificuldades do governo federal em aprovar as contas (PLN 36/14).

“O Piauí precisa manter um ritmo de crescimento acelerado. E para isso, vamos ter de fazer o dever de casa, ou seja, brincaram (governo anterior) com as despesas e elas se descontrolaram. Se a gente pega o fluxo de caixa do governo, claramente tem mais despesas do que receitas. É por isso que atrasa o pagamento dos servidores temporários, dos fornecedores e paralisa as obras”, garantiu. Wellington Dias ordenou aos secretários em reunião no dia 3 de janeiro, que cortassem gastos e nomeassem apenas 50% dos cargos em comissão nos primeiros meses do governo. No entanto, o aumento do salário do governador é contrastante com tais medidas.

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