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Noiva e mais 3 morrem a caminho do altar em queda de helicóptero

By Redação - segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 No Comments
Mau tempo pode ter sido determinante para queda de helicóptero, diz delegado. Para titular de delegacia de São Lourenço da Serra, aeronave pode ter batido em árvore. 

Noiva que morreu em acidente de helicóptero no domingo (4), na Grande São Paulo (Foto: Redes Sociais)

A Polícia Civil de São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, investiga a hipótese de que o helicóptero Robinson 44, que caiu no domingo (5) matando quatro pessoas, entre elas uma noiva a caminho do altar, possa ter batido em uma árvore. Para o delegado responsável pelo caso, Flávio Luís Teixeira, "as condições do tempo na hora podem ter sido determinantes".

"Pelo que ouvimos das pessoas que moram próximas, chovia e estava nublado e com neblina no hora da queda", disse o delegado.

Moradores próximos ao local relataram que o helicóptero pode ter colidido contra uma montanha próxima ou sofrido com rajadas de vento, disse o delegado, mas a perícia na Aeronáutica será essencial para explicar as causas da queda.

"Eu acredito que o tempo pode ter sido determinante para a queda da aeronave", disse ele. "Se uma árvore de 20, 40 metros de altura em um morro de 80 metros, estamos falando aí em 120 metros de altura que podem ter interferido", disse ele.

Um inquérito foi instaurado como homicídio culposo, para apurar se houve imprudência, negligência ou imperícia envolvidas no acidente.

"Já pedi à Aeronáutica a documentação sobre o helicóptero, queremos saber se as vistorias estavam em dia. Vou ouvir os donos do helicóptero e os familiares das vítimas, para saber como foi o processo de locação para o serviço. Também vou pedir documentação à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a habilitação dos pilotos e também tentar achar alguma testemunha", afirmou Teixeira.
O inquérito só pode ser finalizado com a perícia do local e dos corpos pelo Instituto de Criminalística, o que deve levar cerca de 30 dias.

Destroços do helicóptero foram recolhidos nesta segunda-feira com ajuda de um pequeno caminhão (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Surpresa
A noiva que morreu no acidente tinha o sonho de chegar ao seu casamento de helicóptero, segundo o dono do buffet e responsável pela organização da festa, Carlos Eduardo Batista. O noivo a aguardava no altar quando soube do acidente com o helicóptero que deixou a sua futura mulher, o irmão dela, a fotógrafa do casamento, que estava grávida, e o piloto, mortos.

Segundo informações da delegacia de Itapecerica da Serra, que apurou o caso, morreram no acidente:
- Peterson Pinheiro (piloto)
- Rosemeire Nascimento Silva (noiva)
- Silvano Nascimento da Silva (irmão da noiva)
- Nayla Cristina Neves Lousada (fotógrafa)

A cerimônia e a festa de casamento de Rosemeire e Udirley aconteceriam às 16h no Recanto Beija-Flor, espaço para festas de casamentos na cidade da Grande São Paulo, mesmo horário da queda da aeronave.

“O noivo não sabia que ela chegaria de helicóptero. Seria uma surpresa para ele e para todas as pessoas da festa. Todas as noivas tem um sonho e o dela era chegar de helicóptero a seu casamento sem que ninguém soubesse”, disse Carlos, um dos poucos que sabia da surpresa para poder organizá-la.

O dono do buffet afirmou que estranhou quando o helicóptero não pousou no campo de futebol do sítio e procurou a empresa responsável pela aeronave.

“O dono disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter chegado”. “Pouco depois, ele mesmo me disse que uma aeronave tinha caído, mas que não imaginava que seria a sua própria”, completou.

Na sequência, Carlos procurou autoridades, como Bombeiros e Polícia Civil e apenas informou ao noivo e aos convidados que a noiva não conseguiria chegar de helicóptero como havia planejado por causa do mau tempo. Outras noivas já haviam planejado chegar de helicóptero à festa no Recanto Beija-Flor e tiveram que terminar o percurso de táxi, por exemplo, segundo Carlos.

Quando recebeu a confirmação da queda e das mortes, Carlos comunicou primeiramente o noivo. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais convidados [cerca de 300] souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia”. Alguns familiares e convidados permaneceram no local da festa e outros foram embora.

Fonte: G1 / Edição: Tribuna de Parnaíba

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