Folha de São Paulo, 18 de Julho
Manchete : Só privatização está descartada, afirma chefe da Petrobras
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirma que não haverá “dogmas” na venda de ativos da estatal e admite estudar o controle compartilhado com o setor privado de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora ou a Transpetro. “Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com cocontrole.” Dogma, para Parente, é apenas a privatização da estatal, que está descartada. “Não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isso sim é dogma, a privatização da Petrobras”, afirma. Em entrevista à Folha, Parente diz que a Petrobras só abrirá mão de parte do controle de algumas áreas de atuação se forem respeitadas três condições: maximizar o valor dos ativos, preservar a empresa verticalizada e manter os seus interesses estratégicos. Para o executivo, os diretores envolvidos no esquema do petrolão “foram escolhidos com a intencionalidade” de praticar crimes e que uma das razões da crise foi “fazer deliberadamente a escolha desses desonestos para liderar a empresa”. Parente afirma que a estatal conseguiu resolver“uma hemorragia”. “Mas ainda há problemas complicados, e a síntese deles é o nível de endividamento.”
Fonte : Folha de São Paulo
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