Segundo delegada, Justiça do Rio autorizou a investigação.
DRCI investiga perfis que publicaram ofensas racistas na página da cantora.
A Justiça do Rio autorizou a quebra de sigilo dos perfis responsáveis pelas ofensas de cunho racistas à cantora Preta Gil em uma rede social. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (29) pela delegada Daniela Terra, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Cerca de 100 perfis serão investigados.
Segundo Daniela, responsável pelo pedido à Justiça, diligências já estão em andamento para identificar os autores dos ataques virtuais.
Na terça-feira (26), a cantora registrou queixa e prestou depoimento na Polícia Civil sobre ataques racistas que sofreu na internet. A cantora foi acompanhada do marido, Rodrigo Godoy, de uma advogada e de seu empresário. Preta Gil disse ter sido "atacada" com "diversas mensagens de ódio" no Facebook na segunda-feira (25).
Preta Gil denuncia 'mensagens de ódio' recebidas em rede social
"Contei para a delegada como eu fiquei ciente dos ataques ontem (25) à noite, quando entrei na página do meu Facebook e vi uma série de ofensas a minha pessoa, com xingamentos e ataques racistas me chamando de macaca e falando que eu tinha que voltar para a senzala. Coisas absurdas que me chocaram. Fiquei muito nervosa no primeiro momento. E falando com advogados e amigos, eles me aconselharam a procurar a delegacia", afirmou a cantora após deixar a delegacia.
"Havia xingamentos com hashtag. Eles disseram que agora eu teria que aturá-los. Acho que você tem que denunciar. Eu convivo com os 'haters', mas nunca houve algo tão grave e nunca foi organizado com um monte de uma vez só", disse Preta Gil.
"Vim aqui prestar a denúncia. E eles vão ser investigados. A delegada disse que hoje é possível achar essas pessoas. A maioria parece ser de jovens e adolescentes. E isso me deixa mais preocupada e triste porque a gente vê a violência instaurada hoje no mundo e como as redes sociais podem ser usadas de uma forma tão equivocada pelas pessoas", afirmou a cantora.
Temos que denunciar para que a sociedade evolua"
Ela lembrou ainda de outros casos de racismo: "Outras mulheres que sofreram isso são minhas amigas estiveram aqui e fomos fortes suficientes para estarmos aqui, denunciar e correr atrás dos nossos direitos. E vim principalmente para incentivar quem não tem visibilidade da mídia e sofre isso diariamente, não só virtualmente, mas verbalmente", explicou.
"Temos que denunciar para que a sociedade evolua. Temos que lutar para banir este tipo de preconceito e correr atrás dos nossos direitos. Racismo é crime. Infelizmente, se as pessoas não entendem que isso é um absurdo na sua educação e formação, que entendam pela lei e pela justiça", acrescentou.
Entenda as agressões
Em postagem no Facebook na segunda, Preta desabafou sobre o caso pela primeira vez. Ela disse que, desde muito nova, sempre conviveu com o preconceito de "quem não aceitava ver filho de negro em uma escola particular, de quem não consegue aceitar que uma pessoa pode se chamar Preta".
"...Ontem fui atacada com diversas mensagens de ódio em minha página no Facebook; uns atacaram minha cor, meu trabalho, meu corpo, outros tentando fazer piadas de péssimo gosto apenas para tentar me denegrir ou magoar, eles assinaram todos os posts com uma # agiram em bando, são organizados e cruéis. SAIBAM esse tipo de ataque só me fortalece, eu conheço o meu VALOR !!!", escreveu a cantora em seu perfil.
Segundo a cantora, as pessoas que escreveram as mensagens preconceituosas usam imagens "forjadas" para que o dono do perfil não seja reconhecido.
"São covardes, são pessoas vis, não sei quem são. Será que eu deveria não dar atenção ou querer me preocupar com isso? NÃO! Vou me defender em meu nome e de quem mais se sentiu ultrajado com essa verdadeira doença social. Essa epidemia de desamor e ódio que se alastra e atinge a todos. Estou cansada dessa impunidade, dessa onda de ódio, de gente que escreve o que quer para atacar a quem está quieto. Quero justiça!", disse Preta em sua rede social.
Fonte: Do G1 / Edição: Tribuna de Parnaíba
DRCI investiga perfis que publicaram ofensas racistas na página da cantora.
A Justiça do Rio autorizou a quebra de sigilo dos perfis responsáveis pelas ofensas de cunho racistas à cantora Preta Gil em uma rede social. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (29) pela delegada Daniela Terra, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Cerca de 100 perfis serão investigados.
Segundo Daniela, responsável pelo pedido à Justiça, diligências já estão em andamento para identificar os autores dos ataques virtuais.
Na terça-feira (26), a cantora registrou queixa e prestou depoimento na Polícia Civil sobre ataques racistas que sofreu na internet. A cantora foi acompanhada do marido, Rodrigo Godoy, de uma advogada e de seu empresário. Preta Gil disse ter sido "atacada" com "diversas mensagens de ódio" no Facebook na segunda-feira (25).
Preta Gil denuncia 'mensagens de ódio' recebidas em rede social
"Contei para a delegada como eu fiquei ciente dos ataques ontem (25) à noite, quando entrei na página do meu Facebook e vi uma série de ofensas a minha pessoa, com xingamentos e ataques racistas me chamando de macaca e falando que eu tinha que voltar para a senzala. Coisas absurdas que me chocaram. Fiquei muito nervosa no primeiro momento. E falando com advogados e amigos, eles me aconselharam a procurar a delegacia", afirmou a cantora após deixar a delegacia.
"Havia xingamentos com hashtag. Eles disseram que agora eu teria que aturá-los. Acho que você tem que denunciar. Eu convivo com os 'haters', mas nunca houve algo tão grave e nunca foi organizado com um monte de uma vez só", disse Preta Gil.
"Vim aqui prestar a denúncia. E eles vão ser investigados. A delegada disse que hoje é possível achar essas pessoas. A maioria parece ser de jovens e adolescentes. E isso me deixa mais preocupada e triste porque a gente vê a violência instaurada hoje no mundo e como as redes sociais podem ser usadas de uma forma tão equivocada pelas pessoas", afirmou a cantora.
Temos que denunciar para que a sociedade evolua"
Ela lembrou ainda de outros casos de racismo: "Outras mulheres que sofreram isso são minhas amigas estiveram aqui e fomos fortes suficientes para estarmos aqui, denunciar e correr atrás dos nossos direitos. E vim principalmente para incentivar quem não tem visibilidade da mídia e sofre isso diariamente, não só virtualmente, mas verbalmente", explicou.
"Temos que denunciar para que a sociedade evolua. Temos que lutar para banir este tipo de preconceito e correr atrás dos nossos direitos. Racismo é crime. Infelizmente, se as pessoas não entendem que isso é um absurdo na sua educação e formação, que entendam pela lei e pela justiça", acrescentou.
Entenda as agressões
Em postagem no Facebook na segunda, Preta desabafou sobre o caso pela primeira vez. Ela disse que, desde muito nova, sempre conviveu com o preconceito de "quem não aceitava ver filho de negro em uma escola particular, de quem não consegue aceitar que uma pessoa pode se chamar Preta".
"...Ontem fui atacada com diversas mensagens de ódio em minha página no Facebook; uns atacaram minha cor, meu trabalho, meu corpo, outros tentando fazer piadas de péssimo gosto apenas para tentar me denegrir ou magoar, eles assinaram todos os posts com uma # agiram em bando, são organizados e cruéis. SAIBAM esse tipo de ataque só me fortalece, eu conheço o meu VALOR !!!", escreveu a cantora em seu perfil.
Segundo a cantora, as pessoas que escreveram as mensagens preconceituosas usam imagens "forjadas" para que o dono do perfil não seja reconhecido.
"São covardes, são pessoas vis, não sei quem são. Será que eu deveria não dar atenção ou querer me preocupar com isso? NÃO! Vou me defender em meu nome e de quem mais se sentiu ultrajado com essa verdadeira doença social. Essa epidemia de desamor e ódio que se alastra e atinge a todos. Estou cansada dessa impunidade, dessa onda de ódio, de gente que escreve o que quer para atacar a quem está quieto. Quero justiça!", disse Preta em sua rede social.
Fonte: Do G1 / Edição: Tribuna de Parnaíba
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