Os bancos públicos levaram calote de R$ 2,6 bilhões do governo federal nos últimos quatro anos, dos quais R$ 1,2 bilhão terão que ser registrados no balanço do primeiro trimestre deste ano da Caixa Econômica Federal. A fatura se refere a tarifas bancárias que não foram pagas à instituição pela gestão de 12 programas sociais, entre eles o Bolsa Família, o Fies (financiamento estudantil, o seguro-desemprego e o abono salarial.
O atraso no pagamento desses serviços é diferente das pedaladas que sustentaram o processo de impeachment de Dilma Rousseff, mas a prática foi também condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Para receber as tarifas, a Caixa chegou a recorrer a uma câmara de conciliação da Advocacia-Geral da União (AGU). Houve um acordo, mas considerado insuficiente pelo banco.
Tanto que a Caixa entrou com uma dezena de ações que ainda correm na Justiça contra todos os ministérios que lhe devem. A dívida deve ser quitada quando o Congresso aprovar um projeto de lei que dá crédito adicional de R$ 2,7 bilhões para o Executivo saldar todos os débitos bancários. O Ministério da Fazenda acredita que, com essa previsão legal, será possível fazer os pagamentos.
Analistas que acompanham o balanço da Caixa garantem que a instituição contém um passivo oculto de quase R$ 30 bilhões e que, quando for dado transparência aos números, o banco terá que receber uma injeção de capital por parte do Tesouro Nacional.
Fonte: Correio Brsiliense
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