Além da falta de estrutura do maior hospital público da região norte do estado, o salário dos funcionários terceirizados ainda está há dois meses atrasado.
No início da noite desta segunda-feira (11), um bebê de apenas 1 mês e 15 dias, diagnosticado com hidrocefalia, foi transferido do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde – HEDA, em Parnaíba, para o Hospital de Urgência de Teresina – HUT.
Ambulância do HEDA
O que chamou a atenção de muitos que estavam na área das ambulâncias do HEDA, foi justamente as condições que o pequeno paciente seria levado à capital do estado, distante cerca de 330 km de Parnaíba.
Ambulância do HEDA
O veículo, uma pick-up Chevrolet, modelo S-10, com 3 anos de uso, não dispunha das condições mínimas para transporte de passageiros em sua carroceria adaptada. Sem balão de oxigênio, sem ar-condicionado, sem qualquer medicamento ou outro equipamento de suporte, a “ambulância” do HEDA conta apenas com uma tomada, para recarregar o celular do acompanhante.
Ambulância do HEDA
Pela falta de pessoal técnico disponível, apenas a jovem mãe da criança e o motorista seguiriam na viagem de quase 4 horas até o Hospital de destino em Teresina.
No momento que eram feitas as imagens da denúncia, uma outra ambulância, vinda da cidade de Joaquim Pires (PI), distante 108 km de Parnaíba, e com uma população de pouco mais de 14 mil habitantes, estacionava em frente ao HEDA. A ambulância também uma pick-up adaptada, de marca Volkswagem, modelo Amarok, é totalmente equipada para transporte de pacientes, dispunha de ar-condicionado, balão de oxigênio, cadeira para 3 acompanhantes, estante de medicamentos e até um pequeno cesto de lixo.
Ambulância de Joaquim Pires
Ambulância de Joaquim Pires
A cena, é um retrato da forma como estão sendo tratados os pacientes do maior hospital público da região norte do estado, e que, recebe paciente das mais variadas cidades do Piauí, Ceará e Maranhão.
A frente, ambulância do HEDA com destino a Teresina, logo atrás ambulância de Joaquim Pires
Por: Bruno Santana / Tribuna de Parnaíba
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