O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Arthur Lira (PP-AL), aguarda a indicação do PMDB para os cargos à frente do Orçamento de 2017 para decidir quem escolherá como relator da contabilidade da presidente afastada Dilma Rousseff de 2014, cuja recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) foi pela rejeição. No fim do ano passado, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), então relator das contas, concluiu pela aprovação com ressalvas. Mas o assunto não foi votado pela Comissão, que mudou de membros.
A análise das contas de Dilma pelo Congresso, assim, deve ocorrer em meio ao processo de impeachment. Aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Lira votou pela admissibilidade da denúncia contra a petista.
O presidente da CMO terá que nomear um novo relator. Não precisa necessariamente ser um senador. A preferência do pepista, na verdade, é por algum deputado. Mas ele ainda não escolheu quem.
O cargo mais relevante - a relatoria-geral do Orçamento - ficará com o PMDB do Senado. Eunício Oliveira (CE), convidou o senador ruralista Waldemir Moka (MS). Mas Moka pediu prazo para dar a resposta. Até terça-feira, o escolhido da sigla deve ser anunciado.
Para cuidar especificamente da arrecadação do próximo ano, é nomeado um relator das receitas. Esse posto deve ficar com o PMDB da Câmara. Sérgio Souza (PR) é o mais cotado, por enquanto. O deputado disputou a presidência da Comissão com Lira, mas desistiu e, em acordo, deixou o cargo para o PP.
Por: Thiago Resende/ Valor | De Brasília
Edição: Tribuna de Parnaíba
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