Entrando na quarta semana de greve, os Agentes de Endemias continuam em busca de seus direitos.
As negociações estão sendo feitas desde janeiro. Num primeiro momento os agentes tiveram contato com o Prefeito Florentino Neto, que prometeu o pagamento de parte do valor reivindicado, alegando que a prefeitura está pagando os salários dos agentes com recursos próprios. (Uma lei federal garante o pagamento por parte da União de 95% do piso salarial dos agentes)
No período de 2006 a julho de 2012, havia um pagamento de diárias no valor de R$25,00, chamada de diárias de campo. Após esse período a prefeitura cortou essa diária, alegando que as mesmas tinham sido incorporadas ao salário.
Os motivos que levaram os agentes a esta greve são: o retorno das diárias de campo, o pagamento dos repasses de incentivos financeiros prescrito na portaria 2031, o plano de carreira e melhorias nas condições de trabalho. “Recebemos fardamento a cada 2 anos, era pra ser duas fardas a cada 6 meses. Estamos trabalhando sem EPI’s e até mesmo botas que seriam as mais adequadas eles não deram”. Disse um dos agentes.
Sem trabalhar a quase quatro semanas, os agentes de endemias não contam nem com o apoio do próprio presidente do sindicato, que parece dar total apoio ao prefeito Florentino Neto, em detrimento de seus colegas sindicalizados. Há suspeitas, por parte dos grevistas, que o silêncio da prefeitura municipal de Parnaíba seja com o intuito de fazer o movimento perder forças e acabar naturalmente, sem que as reivindicações sejam atendidas.
Ainda segundo um dos grevistas, é constante as idas e vindas de vereadores ao gabinete do prefeito sem que os mesmos procurem tomar conhecimento dos motivos que os levam a estarem ali em greve. “Há uma movimentação de vereadores no gabinete, mas eles não se preocupam em saber como anda a saúde da cidade e muito menos com a causa dos agentes aqui presentes”. Desabafa um dos agentes.
Vale ressaltar que, com a greve, o município de Parnaíba deve deixar de receber 1/6 do valor de ajuda federal no combate à dengue, valor esse que em 2015 chegou a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O valor só é pago integralmente se, a cada dois meses “todas” as residências da cidade forem inspecionadas contra o mosquito. Com a paralisação somente 40% das residências foram vistoriadas no bimestre.
Por Rivelle Castro
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