Segundo a 'Forbes', nº de bilionários no mundo caiu para 1.810
André Esteves, ex-presidente do BTG, preso na lava jato, despencou quase 500 posições (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)
Com a forte crise econômica em 2015 e a desvalorização do real, o Brasil perdeu 23 bilionários, segundo o novo ranking mundial divulgado hoje pela revista norte-americana Forbes, e agora tem 31 integrantes na lista. O brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna estimada em US$ 27,8 bilhões. Ele subiu sete posições na atualização de 2016, alcançado a marca de 19º maior bilionário do mundo. Já o banqueiro André Esteves despencou 493 degraus, para a 1.121ª colocação, com um saldo de US$ 1,6 bilhão.
A Forbes aponta que Lemann, de 76 anos, deve sua fortuna à participação na Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, além de fatias nas redes de restaurante Burger King e Tim Hortons e na marca de catchup Heinz. "Lemann é um ex-campeão brasileiro de tênis que já jogou em Wimbledon. Ele vive na Suíça desde 1999, após uma tentativa de sequestro de seus filhos", diz o perfil do bilionário na revista.
No caso de Esteves, 47 anos, a Forbes lembra que o acionista controlador do BTG Pactual foi preso em novembro do ano passado, no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga acusações de corrupção envolvendo a Petrobras. "Ele foi libertado três semanas depois, alegando inocência à imprensa brasileira através de seu advogado", afirma o texto. A revista lembra que ele começou como estagiário na área de tecnologia da informação do Pactual e sua carreira decolou graças ao perfil de trader ousado durante o período em que o Brasil vivia a hiperinflação.
Entre os bilionários brasileiros aparecem ainda o banqueiro Joseph Safra; o cofundador do Facebook, Eduardo Saverin; integrantes da família Marinho, dona da Rede Globo; o empresário Abilio Diniz; e membros da família Moreira Salles, do Itaú Unibanco (veja lista completa abaixo).
No mundo, o número total de bilionários caiu para 1.810 na lista de 2016, ante o recorde de 1.826 no ano anterior. A fortuna combinada deles soma US$ 6,48 trilhões. O homem mais risco do mundo continua sendo o fundador da Microsoft, Bill Gates, com US$ 75 bilhões. Amâncio Ortega, da espanhola Zara, subiu para a segunda posição, com US$ 67 bilhões. O terceiro é o magnata norte-americano Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, com US$ 60,8 bilhões.
Na divisão por países, os EUA lideram, com 540 bilionários. Na sequência aparece a China continental, com 251 (Hong Kong tem mais 69), e depois a Alemanha, com 120 ricaços.
Fonte: Agência Estadão / Edição: Tribuna de Parnaíba
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