Oi galera, essa é a primeira de muitas (espero) matérias da coluna #pedalando. A proposta dessa coluna é levar aos leitores uma dica nova, sempre aos sábados, sobre um local diferente em Parnaíba, que possa ser visitado de bike. Isso mesmo, de bike, magrela, camelo, bicicleta, da forma como você quiser chamar. Bora pedalar?
Para começar nosso passeio, fomos conhecer uma fazenda dita “mal-assombrada” e uma pequena estação de trem, datada do ano de 1922, recentemente restaurada pelo IPHAN, dentro do projeto “PAC Cidades Históricas”.
Inaugurada em 1922, com a linha férrea entre Luís Correia e Cocal. A charmosa estação fica próximo à cabeceira da pista do Aeroporto Internacional Prefeito João Silva Filho à 6km do balão do mirante.
Uma das casa de fazenda pertencente à Simplício Dias da Silva
Construída na primeira década do século XX para servir de ponto de embarque no trecho Parnaíba-Luís Correia onde dezenas de trabalhadores da EFCP abriram caminho para o mar e auxiliaram na construção da ponte sobre o Rio Portinho, que ligava as duas cidades. Floriópolis foi uma das mais antigas e movimentadas estações da região e apresenta um charmoso prédio de embarque.
Estação Floriópolis
O trem saía de Parnaíba, passava por Catanduvas (antigo aeroporto), Estação Floriópolis, Pau d'Arco (próximo ao Country Club) e Bela Mina (ponte metálica na divisa dos dois municípios) para então chegar à Estação Central de Luís Correia. Em 1974, o trecho foi desativado, permanecendo ativa por mais alguns anos apenas a linha Parnaíba-Teresina.
Restaurada em 2010 o local hoje é ponto turístico (pouco conhecido dos parnaibanos).
Há menos de 50 metros da Estação Floriópolis, podemos avistar uma imponente construção. Trata-se de uma das casas de fazenda de Simplício Dias da Silva demolida na década de 70 pela população alegando a aparição de vultos e assombrações em decorrência do local abrigar o local de massacre dos escravos.
A casa hoje abandonada, está cercada e encravada no meio de modernas e luxuosas casas, porém mantém um ar bucólico e um tanto misterioso, por conta das lendas sobre a residência da talvez mais poderosa família parnaibana.
Como chegar:
Partindo do balão do mirante, siga na ciclo faixa, até o Bairro João XXIII, depois vá em direção ao Aeroporto Dr. João Silva Filho seguindo na Avenida Francisco Borges, dobre a direita na BR-343, sentido Luís Correia. Após um posto de combustíveis, dobre a esquerda, no Conjunto Habitacional Caminho do Alvorada. Siga até o final da rua e faça o retorno, lá você deve dobrar a esquerda na última rua. A casa de Simplício Dias será a primeira coisa que verá ao dobrar. Para chegar à Estação Floriópolis, basta dobrar à direita, em frente a velha casa abandonada e seguir reto por mais ou menos 50 metros.
Confira o vídeo:
Confira o vídeo:
Para os mais aventureiros, há uma pequena trilha em linha reta do aeroporto até a estação, porém não aconselhamos que siga por ela sozinho (a).
Trilha segue em linha reta até o aeroporto de Parnaíba
Quer nos dar alguma sugestão para a próxima semana? Mande um e-mail para tribunadeparnaiba@gmail.com ou uma mensagem via WhatsApp para (86) 98895-1691, até o próximo sábado, e... bora pedalar!
Por: Bruno Santana / Edição: Tribuna de Parnaíba
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So para a informação, a casa e a fazenda não estão abandonadas. Pertencem aos herdeiros de Euzebio de Almeida Athayde e a família segue pagando os impostos anualmente!!
ResponderExcluirObrigado pelas informações Cinthya ;)
ExcluirO Dossiê de Tombamento do Conjunto Ferroviário de Teresina, publicado em 2010 pelo IPHAN, afirma que essa casa foi utilizada pelo engenheiro Miguel Bacellar, responsável pela construção da ferrovia, e posteriormente passou para o gerente desta. Não sei se é o mesmo senhor Euzebio Athayde de que o outro comentário fala.
ResponderExcluirDe qualquer forma, é muito improvável que essa casa tenha sido construída por Simplício Dias. Perceba que a fachada tem muitas semelhanças com a estação - as colunas têm o mesmo trabalho e o enquadramento das portas e janelas segue o padrão das outras estações da linha, com argamassa simulando blocos de alvenaria.