Taxa é a maior para o período desde 2012, início da série histórica. População desocupada somou 9,1 milhões no período, a maior da série.
O desemprego ficou em 9% no trimestre encerrado em novembro de 2015, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para o período desde 2012, início da série histórica.
No trimestre anterior, de junho a agosto, o índice havia ficado em 8,7% e no trimestre de setembro a novembro de 2014, em 6,5%. “A expectativa é que fosse menor [a taxa de desemprego para o período], porque já estaria cedendo nesse período. Em novembro, já estaria em contratação para trabalho temporário [de fim de ano]”, analisou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Ao chegar a 9,1 milhões, a população desocupada cresceu 3,7% em relação ao trimestre de junho a agosto e subiu 41,5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. De acordo com Azeredo, esse é o maior número de pessoas desocupadas da série.
Já a população ocupada somou 92,2 milhões de pessoas e não mostrou variação em relação ao trimestre encerrado em agosto. Mas em relação a igual período de 2014, foi registrada uma queda de 0,6%.
O número de empregados com carteira assinada ficou estável sobre o trimestre anterior, porém caiu 3,1% quando comparado ao mesmo período de 2014.
A quantidade de empregadores não variou de um trimestre para o outro. No entanto, cresceu o número de trabalhadores por conta própria. Em relação ao trimestre de junho a agosto, a alta foi de 2,1% e frente ao mesmo período de 2014, de 4,5%. Entre os empregados, a indústria cortou 2,9% das vagas, a agricultura, 2,5% e o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, 6,7%.
Por outro lado, a construção cresceu 6,1%, os serviços domésticos, 4,7%, transporte, armazenagem e correio, 3% e na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais de, 2,3%.
Na comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2014, tiveram aumento os grupos de serviços domésticos (5,2%); alojamento e alimentação (4,9%); transporte, armazenagem e correio (4,6%); e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%).
Na contramão, foi registrada queda nos grupamentos de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias profissionais e administrativas (-6,3%) e indústria geral (-6,1%). O rendimento médio real habitualmente ficou estável em ambas as comparações e chegou a R$ 1.899. No setor privado sem carteira de trabalho assinada, os "salários" subiram 6% diante do trimestre de junho a agosto de 2015.
Na comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2014, os trabalhadores domésticos tiveram queda de 2,4% no rendimento e os por conta própria, de 5,5%.
Fonte: G1 / Edição: Tribuna de Parnaíba
Ajude o blog a crescer compartilhando essa matéria
Publicidade
No Comment to " Brasil supera a marca de 9 milhões de desempregados "