Uma denúncia do deputado federal Jean Wyllys (Psol/RJ) de que o nome e a imagem de Marina Silva (PSB) estariam sendo associados a um material de campanha homofóbico de dois candidatos a deputado no Rio de Janeiro levou a campanha de Marina a reagir e lançar uma nota de repúdio, na qual promete acionar a Justiça para apreender o material.
Esta é a segunda vez que o deputado Jean Wyllys, ex-BBB e defensor da causa LGBT, mira em Marina Silva. A primeira foi no final de agosto quando Marina recuou em suas propostas relacionadas à causa LGBT.
Segundo o Estadão Conteúdo, a coligação Unidos pelo Brasil, da candidata Marina Silva (PSB), emitiu uma nota de repúdio ao que chama de "uso criminoso e indevido" da imagem de Marina em material de campanha de cunho "homofóbico e discriminatório" de candidatos à deputado do Rio de Janeiro. "A coligação vai acionar a Justiça para a busca e apreensão, bem como proibição de distribuição do material, que estimula o ódio e a violência contra pautas diferenciadas dos movimentos feminista e negro", diz a nota do PSB.
Jean Wyllys, candidato a reeleição para a Câmara dos Deputados, comemorou a reação de Marina em sua página no Facebook.
Anteriormente, o deputado chegou a disponibilizar no site da revista Carta Capital a íntegra do panfleto de 24 páginas distribuído pelos candidatos a deputado no Rio.
O CNPJ da campanha de Edino Fonseca, que postula uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio pelo PEN (Partido Ecológico Nacional), é citado como o responsável pela publicação de 24 páginas, que, de forma sensacionalista, critica reivindicações da comunidade LGBT como criminalização da homofobia e adoção de crianças por casais homossexuais.
O material também ataca a legalização do aborto, da eutanásia e da maconha _ideias rejeitadas por todos os três principais candidatos a presidente_ e até mesmo uma suposta proposta de legalização dos prostíbulos e profissionalização da prostituição, tema que não está na agenda política nacional.
Além disso, o texto classifica a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e a comunidade LGBT de "anticristo".
A associação com Marina Silva aparece na última página do folheto, que traz uma foto dos candidatos a deputado estadual Edino Fonseca e a deputado federal Ezequiel Teixeira (Solidariedade), ao lado da candidata a presidente, com os números de cada um.
O PEN e o Solidariedade não integram a coligação Unidos pelo Brasil, responsável pela candidatura de Marina. A coligação para a eleição presidencial é formada por PSB, Rede Sustentabilidade (partido que Marina pretende criar, mas ainda não foi registrado oficialmente pela Justiça eleitoral), PPS, PPL, PHS, PRP e PSL.
"A coligação vai acionar a Justiça para a busca e apreensão, bem como proibição de distribuição do material, que estimula o ódio e a violência contra pautas diferenciadas dos movimentos feminista e negro", diz a nota do PSB.
A coligação também reitera que o programa de governo de Marina "não deixa dúvidas quanto à cultura de paz e de garantia ampla dos direitos humanos".
Na página de Marina Silva no Facebook não há nenhuma referência ao episódio.
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Fonte: Brasil Post
Por Bruno Santana
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