Moção de Congratulações, simples e grosseiramente falando, nada mais é que um pedaço de papel agradecendo alguém por alguma coisa que fez de boa ou útil para um determinado grupo de pessoas ou por uma causa. Ao que parece, os nobres Vereadores da cidade de Parnaíba, acreditam que seja humilhante, doloroso, indecoroso, imoral, sujo e arbitrário, conceder tal pedaço de papel ao Governador do Estado do Piauí, o parnaibano Antonio José de Moraes Souza Filho.
Afinal, por que agradecer o Governador pelo alargamento da rodovia que da acesso a praia da Pedra do Sal; asfaltamento da Rua Ceará, Rua Santa Teresinha no Alto Santa Maria; prolongamento da Avenida São Sebastião, com acesso ao Portinho, além das assinaturas de ordem de serviços e licitações que já estão em andamento, para levar água da Agespisa a povoados como: Labino, Pedra do Sal, Alto do Batista, Olho D`água, Km 12, Cacimbão, dentre outros, onde a população ainda bebe água de qualidade duvidosa?
Mais glorioso, útil e justo, é conceder títulos a outras pessoas que pouco fizeram por nossa cidade, como nos casos do Senador da República, José Wellington Barroso de Araújo Dias e sua esposa a Deputada Estadual Rejane Dias, ambos do Partido dos Trabalhadores. Senador este, que em recente debate, quando perguntado qual grade obra deixou de legado a cidade de Parnaíba, ele orgulhosamente mencionou o mercado da 40. Mas afinal, o mercado foi obra do estado ou da prefeitura? De quem é o filho?
Devemos ter realmente orgulho de considerar parnaibano, um ex-governador que foi omisso no caso da barragem de algodões. Omissão esta que resultou na morte de mais de uma dezena de pessoas (uma com o corpo nunca encontrado), e outras dezenas de famílias que perderam casas e pertences.
O requerimento verbal, solicitando a Moção de Congratulações ao Governador foi de autoria do vereador André Neves (PMDB), que recebeu votos contrários dos vereadores Antônio Cardoso e Fátima Carmino, ambos do PT, e da vereadora Silvana Lira do PTC.
Os vereadores Gustavo Lima (PTB), Reinaldo Filho (PP) e Ricardo Véras (PTC) se abstiveram de votar.
Com a ausência de dois vereadores, os votos não atingiram o quorum para a aprovação da proposta.
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Por Bruno Santana
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